MAGALHÃES, M.C.C. 2004. A linguagem na formação de professores reflexivos e críticos. In: M.C.C. MAGALHÃES (org.), A formação do professor como um profissional crítico. Campinas, Mercado de Letras, p. 59-85.
A autora deixa bem claro o objetivo do texto logo no título: discutir a linguagem na formação de professores como profissionais críticos e reflexivos. Inicia já com um levantamento teórico de pesquisadores que discutiram a prática reflexiva, destacando Paulo Freire e Shön, por exemplo.
A autora afirma que o trabalho do professor é complexo, as escolas tem muitas dificuldades de mudança, constantemente acontecem reformas impostas, professores são pressionados, não recebem apoio teórico, enfrentam problemas com família, comunidade e salários baixos. Magalhães (2004:61) afirma que precisa haver um “repensar da cultura escolar”, e consequentemente um repensar do currículo.
Para que haja efeito significativo nessas discussões, é necessário que o professor seja capaz de descrever, analisar e interpretar a própria prática; com a compreensão dessa linguagem, o professor conquista seu espaço para desconstrução e reconstrução.
O texto faz uma intertextualidade com o livro Formação Crítica de Educadores: questões fundamentais (LIBERALI, 2008), ambos os textos muito tem a acrescentar aos educadores que querem tornar-se reflexivos.
A decisão de ser reflexivo por si só não é suficiente, é preciso desenvolver uma linguagem adequada, utilizar instrumentos de observação, registro, confronto, reflexão e transformação.
Penso que refletir criticamente é olhar para minha prática, fazer perguntas, encontrar respostas e dessas respostas reconstruir minha prática. Sou agente da minha ação, posso com uso da linguagem crescer e evoluir sempre.
Penso que refletir criticamente é olhar para minha prática, fazer perguntas, encontrar respostas e dessas respostas reconstruir minha prática. Sou agente da minha ação, posso com uso da linguagem crescer e evoluir sempre.
Taí Jaque...
ResponderExcluirRefletir criticamente é tudo o que descrevestes e mais ainda, é perceber nossos erros e tentar não repetí-los, é buscar soluções para problemas, as vezes simples de resolver, e no entanto,aos nossos olhos, as vezes cegos, parecem sem solução.
Quando reconstruímos nosso jeito de agir e resolver, facilitamos nosso trabalho e adquirímos mais experiência de vida e assim nosso fazer pedagógico fica mais rico, inteligente e eficaz...
Acho que vc encontrou o caminho...Por isso está mesmo crescendo e evoluindo.
Parabéns...
bjs.
Esse artigo é da minha orientadora Ciça Maga e a discussão sobre professores reflexivos para mim é peça chave na mudança de paradigmas. Sempre cito um livro de Paulo Freire: Educação e mudança (1979), porque ele traz um questionamento sobre ser reflexivo a partir do conceito de consciência crítica e ingênua.
ResponderExcluirA reflexão deve partir de uma consciência crítica para que a mudança aconteça.
A reflexão pressupõe ação transformadora.
A reflexão sem o movimento dialético de ação-reflexão-ação, cai no discurso vazio da consciência ingênua.