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sexta-feira, 26 de março de 2010

Diário de leitura II


ROMERO, T.R.S. Reflecting through autobiographies in teacher education. In Burton, J.Qyirke, P.; Reichmann, C.L & Peyton, J.K. (eds). Reflective writing: a way to lifelong teacher learning. USA. TSL-EJ Publications, 2009. Pp.82-95. Capturado em: http://tesl-ej.org/books/reflective_writing.pdf em 01 de fevereiro de 2010.

Reflecting through autobiographies in teacher education é um texto com o objetivo de refletir exatamente sobre o uso de autobiografias nos programas de educação continuada, uma abordagem feita especificamente para professores de Língua Inglesa da escola pública. Os dados do estudo (autobiografias) são de professores como eu, que estão na rede pública e passaram pela Cultura Inglesa e depois pela PUC para o programa de aperfeiçoamento linguístico e educação continuada.
O texto aborda muito história de vida e a necessidade de análise e da prática existente na vida do professor. Dessa forma, Romero dialoga com Perrenoud, uma vez que os mesmos afirmam que a prática reflexiva deve ser uma constante na vida do professor, que não deve abandonar a reflexão assim que encontra a solução para um problema que o incomoda.
Essa prática reflexiva, segundo a autora, deve existir de forma contextualizada, só refletir não resolve conflitos que enfrentamos todos os dias, a reflexão deve ser embasada na teoria, deve existir em busca de soluções.
A ideia de refletir faz pensar que estamos diante de um ofício solitário, Romero (2009:84) nos mostra que não estamos sozinhos na investigação da própria prática, há uma série de contextos envolvidos nesse processo: desenvolvimentos social, histórico, interações individuais no contexto cultural com outros, entre outros fatores que fazem parte da vida do professor.
A ação de refletir criticamente, como já afirmei, exige prática e preparo. Escolhas linguísticas fazem a diferença nesse processo e nos ajudam a refletir da maneira correta. Para isso, a autora apresenta quatro ações reflexivas (baseadas no trabalho de Freire (1970) e Smyth (1989, 1992) – que são: o descrever (descrição concreta da experiência com o máximo de detalhes e sem julgamentos, aqui respondemos a pergunta “O que aconteceu?”).
O informar é a interpretação dos fatos descritos na visão dos teóricos – “Qual o significado das ações?”. Confrontar parte para a reflexão crítica, avaliando os fatos já descritos e teoricamente interpretados: “Como me tornei assim? Quero ser assim?”. O reconstruir é a fase da renovação: “Como posso agir de forma diferente?”. Nessa estapa, o professor é capaz de controlar seus atos, refletindo na e sobre a ação.
Essas ações são de suma importância para a minha prática, respondem uma série de perguntas que levam-me a refletir, permitindo e provocando mudanças, tenho a oportunidade de ampliar minha visão e refletir sobre a minha prática.
Esse texto faz intertextualidade com o livro da Liberali (2008), que também propõe uma investigação, reflexão e transformação das ações, provocando compreensão da linguagem no contexto crítico reflexivo. A autora também fala das quatro ações reflexivas de forma clara, trazendo exemplos de descrições e análises da prática.

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